sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A inveja para a psicanálise, mais especificamente para M. Klein, é um sentimento arcaico, dos primórdios da vida, onde o bebê se vê imponente diante da figura materna.

O bebê deseja o leite que só a mamãe tem, então ele inveja essa mamãe.
Desse sentimento tão primitivo pode então surgir várias psicoses e neuroses, entretanto vamos nos reter a inveja, que é justamente isso: desejar algo do outro.
O bebê acredita que a mãe o priva desse seio e por isso, as pessoas que sentem inveja, também sentem-se vítimas e paralelamente sentem também ódio e desejo de vingança.
A mãe é, então, o primeiro objeto de inveja do ser humano. Sim! Todos nós somos invejosos em maior ou menor grau e em alguns casos  chega a ser patológico!
Não existe inveja boa!
A inveja está sempre ligada a destruição, você não quer só que a pessoa perca o que você não tem, mas também quer a destruição do objeto. Não é igual a um roubo, onde você só quer ser preenchido por algo que te falta, a inveja é pior, você quer destruir o que você não tem e nisso não há sequer o sentimento de gratificação, ou seja, é fazer o mal sem nem ao menos ter uma recompensa!
Existem vários e vários tipos de inveja e diferentes formas de manifestação (aqui dá outro post!). Ela geralmente é tão inconsciente e tão primitiva e constituinte do indivíduo que é muito comum quem sente, dá forma prejudicial, sequer perceba o sentimento, não entende porque está mal ou frustrado na vida.
Conhecer a si mesmo é necessário e para isso nada melhor do que a ajuda e acompanhamento de um profissional, pois muitos sentem-se vítimas de inveja, mas raramente (praticamente nunca mesmo!) as pessoas se reconhecem como tal, como invejosos.
PS: O objetivo não é discutir e aprofundar nos conceitos psicanalíticos, portanto o texto foi escrito de forma simples e com margem para ampla interpretação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário