Antes, se você perguntasse para as crianças da minha geração,
como é uma vovó, ela iria te responder que era uma senhora de cabelos brancos,
pele enrugada, roupas características e a maioria acrescentaria até um
tricozinho na mão, muito parecida com a vózinha do Piu-Piu. minha vó
seguia essa descrição, usava lenço na cabeça, só não era corcunda!
Mas e hoje, como as crianças vêem a vó? Certamente, para muitas,
não é mais aquela velhinha com lenço na cabeça. Desde que me entendo por gente,
minha vó e meu vô eram aposentados, tinha um casamento de muitos anos e
separação entre eles não era nem imaginável.
E hoje qual a situação?
A geração X ta competindo
com a geração Y! E pela prospectiva a geração Z vai competir com a geração X e
Y. É muita concorrência, é muito estresse!
Mas o que são essas gerações?
Não vou falar de
todas, apenas dar uma pincelada nas últimas. Minha mãe viveu sua mocidade nas
décadas de 70 e 80, faz parte da geração X, essas pessoas eram filhas dos baby
broomer (50/60) ou até dos veteranos (20/40). Pessoas que viveram o período
guerra e pós guerra mundial, criando seus filhos com base na autoridade e com o
espírito da reconstrução, as bases tinham que ser sólidas, famílias eram para
ser eternas, profissão era para “dar o sangue”, empregos eram uma segunda
família, amizades eram “pau pra toda obra”, vizinhos eram “de casa”, tudo era
no coletivo, o lema era ajudar e trabalhar!
Já a geração X começaram a buscar o equilíbrio e o conforto. Antigamente nas
casas havia apenas uma televisão, todos se juntavam na sala para ver o mesmo
programa, havia também um só banheiro, essa geração, em busca do conforto,
coloca uma TV em cada quarto, casas com suítes, começando, assim, o processo de
individualidade. Não só a busca pelo conforto marcou essa geração, mas também o
confronto com a autoridade e a busca pela liberdade.
A geração Y, sofre um pouco de identidade, é uma geração onde a individualidade
está mais acentuada, mas o maior problema é a identidade. Outro dia vi a
seguinte reportagem: “Mãe mata filha para ficar com o genro”, isso choca, mas
ta cada vez mais comum, todo mundo conhece um caso assim, não necessariamente
trágico, mães disputando com as filhas o mesmo número de manequim, filhas
interessadas no namorado jovem da mãe (foi até tema de novela!). Não existe
mais velho-novo! São produtos de beleza que rejuvenescem, é a atualização no
mercado de trabalho, as pessoas mais velhas estão voltando às faculdades e
cursos de especialização e nisso os jovens tem que cada vez se superarem para
conseguir o seu espaço, pois não é só uma disputa com pessoas da sua geração,
mas também com a geração anterior.
Só podemos ter esperança com a geração Z, a geração dos antenados,
espero que a internet não acentue ainda mais o individualismo, mas que seja
para unir essa geração e fazer um diferencial, pois se esse mundo
individualista e competidor for em frente, a geração Z, não só vai ter que
competir com a geração anterior (Y), mas com a geração X também, afinal, muitos
que nasceram no final dos anos setenta estão a todo vapor! Ninguém mais vai
saber quem é pai, filho ou avô! – Seremos todos iguais? Perderemos nossa
identidade? Bom para uma geração que se torna cada vez mais ativa, ruim para
uma geração que pode se tornar cada vez mais individualista e competitiva,
continuando com esse cenário econômico e social, favorecendo a massa
capitalista.
A geração Z é uma esperança nessa quebra de paradigmas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário